sexta-feira, 21 de março de 2008

Para cearense entender

"Chico, caba errado e bunequêro, já melado depois de traçar um burrinho e duas mêóta, vinha penso, cambaleando, arrudiando o pé de pau, quando deu um trupicão que arrancou o chaboque do dedo:
-Diabeísso!
-Vai, cú de cana! - Mangou a mundiça que estava perto.
-Aí dento! - Disse Chico.
Chico estava arriado desde ontonti, quando o gato-réi que ele acunhava lá na baxa da égua, bateu fofo com ele pra ir engabelar um galalau estribado da Aldeota. Pensou ele:
-É o que dá pelejar com canelau catiroba fulerage. Ganhei um chapéu de touro, mas não tem Zé não, aquela marmota tá mesmo só o buraco e a catinga, dá é gastura!
Chegando em casa, se impriquitou de vez e rebolou no mato todas as catrevage da letreca: uma alpercata, um gigolete amarelo queimado e uns pé de planta que ela tinha trazido enquanto iam se amancebar. Depois se empanzinou de sarrabui e panelada e foi dormir pensando nas comédias."

(Com a colaboração não-espontânea do Márcio Paulo)

Um comentário:

suspiro disse...

aaaaaaaaaai. eu ja ouvi esse texto num festival que eu nao lembro qual.

e eu to multicor de saudade. doidap ra contar as novidades bombasticas da minha novela mexicana e beber outra champagne contigo, meu noivo amado.

beijos mil :*