sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

E o assunto é... Big Brother

Já virou tradição televisiva mesmo. Assim como Roberto Carlos todo fim de ano, agora teremos Big Brother Brasil todo começo. Há dúvidas da longevidade do programa? Aqui no Brasil, pelo menos, enquanto os humanos continuarem esses seres díspares, dicotômicos, antagônicos e anatômicamente agradáveis, o riálitixôu mais assistido continuará dando picos de audiência. Sem falar que em nenhum lugar houve tantas edições do programa. "Ééé do Brasil!!"
Confesso: sou fã.
O primeiro BBB, em 2002, foi recebido por mim, e pelo país (e pela Globo também), com muita ansiedade. Era o primeiro, ninguém fazia idéia do que ia acontecer, apenas supunha. Tudo tinha cara de experência, e a "experiência" era usada muitas vezes como desculpa por aqueles que não queriam admitir que assistiam por pura curiosidade. Eu torcia para a Estela, aquela magrela nerd com cara de sapatão (nada contra, acho ótimo). Gostava dela. Logo no primeiro dia já falou que tava tudo lindo, mas queria ver quando as relações se formassem. Só que ficou meio chorona e o público detonou. O mesmo público que deu a vitória a um bombado burro: Kléber Bambam (apelido, por sinal, que a Estela deu). Era a vitória do coitadinho, do engraçadinho, do excluidinho. Um reflexo provável do que nosso povo faz com as urnas. Políticos inteligentes devem assistir o Big Brother.
A segunda edição, também em 2002, fez mais zoada. Claro, tinha a doida da Tina batendo panela, o jegue do Fabrício, que perdeu minha torcida por não saber nem ser cobra (se enrolava nas próprias enrolações), e tinha a (enlouque)Cida, uma aeromoça brega (sim, isso é possível), rouca, que se pintava de amiga da galera, falava muita merda, e chegou ao cúmulo de sugerir à Tina que usasse o problema do Jefferson contra ele (o cara havia sido dependente químico na adolescência). Absurdo! Mas tinha o Fernando, um colírio para os olhos. Vivia malhando só de sunga branca e tinha uma tatuagem em homenagem à mãe. Fofura, não? Quase ia esquecendo de dizer que quem ganhou foi o gaiato do caubói Rodrigo que, muito inteligente, ficou quietinho no canto, destilando um veneno aqui, fazendo um joguinho ali, mas tendo cuidado para que ninguém lá dentro percebesse. Certeza que ele só ganhou porque a maioria dos votantes do BBB são mulheres. E estas ficaram mega-despeitadas com a outra finalista: a Manuela, que era linda e dispensava o (cha)Thirzo, o "genrrinho que mamãe queria ter".
Big Brother 3, o BBB do meu ódio! Aquele que deu vitória à pessoa mais sem merecimento da história: Dhomini. Graças às mulheres que se encantaram e votaram nele. Agora me diz, o que elas viram num cafajeste, desses que dá em cima de tudo que passa, turrão, briguento, chato e feio (cara de bolacha e bucho)? Não dá pra entender. Poderiam ter tido a política do "votem no pobrinho" e dado a vitória à Elane, a professorinha fofa do interior. Torci pra ela na final. No começo torci para a Andrea (ninguém lembra dela). Mania minha de compreender os incompreendidos. A parte boa foi que esta edição nos presenteou com Jean Massumi (fofura nipônica), Marcelo (fofura cacheada), Emílio (fofura incompreendida) e Paulo (fofura madura). Ah, quase ia esquecendo (porque será?) que este BBB nos apresentou à bunda burra mais famosa do Brasil (depois de Carla Perez): Sabrina Sato!
BBB4: o BBB chato. Chato porque tinha um bichinha não-assumida chorona (Cristiano), uma sapata não-assumida brigona (Tatiana), uma paraguaia assumida feia (Antonela), uma cantora mentirosa (Géris), um feio metido a galã (Eduardo), um bombado horroroso de penteado moicano (Marcelo), outro bombado metido a gostoso (Zulu), um coveiro (Rogério), um pobrinho que não falava (Thiago) e um careca agarrado num pato (Buba, aquele que morreu de overdose depois que saiu). Maaas tinha Solange e Marcela, que eram chatérrimas, mas nos brindavam com brigas homéricas onde a baixaria reinava! E tinha a Juliana, linda, a primeira que eu torci de verdade. Mas quem ganhou foi Cida, a doméstica do pro-secco que entrou na casa por sorteio, humildemente engraçada quando passava sabe-se lá o quê no corpo todo quando tomava sol.
Aí veio o Big Brother Brasil de 2005, o melhor de todos!! O único que torci pra caralho até o final, e o único onde o meu preferido ganhou: Jean Willys! O professor universitário gay ganhou a preferência do público fácil, fácil com sua inteligência e simpatia. Mas teve a colaboração dos amigos e dos inimigos. O amigos: Taty Pink, que, antes de ficar chata, nos presenteou com tiradas hilárias e genuínas; Sammy, o fofinho nipônico que não fazia quase nada, mas tinha um sorriso lindo, o único que soube jogar de verdade; Grazielli, a Massafera, precisa eu dizer alguma coisa? Isso aqui representa ela: !. Os inimigos: Paulo e Rogério, tudo caranguejo do mesmo balaio, saíram odiados. O resto foram inexpressivos, pseudo-simpáticos e/ou vira-casacas. Ah, teve a vergonha cearense: Natália Nara. Melhor não falar muito a respeito...
E o troféu inexpressividade vai para: BBB6. Num programa pós-Jean, todo mundo tava com medo de ser o vilão, e não fez porra-nenhuma. Para se ter uma idéia, a maior lembrança que se tem desta edição é a "paixão" de um ex-monge (na cara que era viado) que não tomava banho por uma afro-descendente que não caía na piscina com medo de incriquiar os cabelos. Houve a segunda chance cearense, Roberta Brasil, que perdeu a chance e nos fez passar vergonha de novo. Tinha a beleza burra do Daniel Saulo, que agarrou a fofinha da Mariana (até torci por ela), que perdeu para a Mara, que era pobre, tinha uma filha doente e precisava. O resto é resto. Fim.
Muita gente bonita na sétima edição do BBB. E sem graça também. Foi legal ver o autointitulado caubói (hahaha) Alberto ser o odiado da vez, graças à sua disposição em infernizar o Diego "Alemão", aquele loiro, até bonito, que falou merda no começo, chamou a burra da Irislene de burra, mas se apaixonou por ela e ganhou o coração do Brasil... e das mães do Brasil. Passou por cinco paredões e levou o milhão no final. Legal mesmo foi ver o Jean Pierre tomar banho pelado e a Fani distribuindo piranhagem com sua sexualidade reprimida explícita.
A oitava edição só não empatou com a sexta em inexpressividade porque tinha uma pessoa: Marcelo. E não é porque ele era legal não, muito pelo contrário. É dele o troféu de mais chato da história do BBB. Mais chato, mais cínico e mais mau ator também. Ah se ele viesse pra cima de mim com aquele papo de "você tem dois minutos para falar"! Mandava enfiar os dois minutos no coo, e certeza que depois disso eu ganhava o programa facinho. Foi também a final com audiência mais baixa, onde o bonitinho Rafinha não mereceu ganhar, tão grande que era sua expressão. Mas ninguém dali também merecia não. Talvez o Rafael, finalmente um cearense que não nos fez desejar sair do mapa de vergonha. Ficou pouco tempo, mas era gato e fez Pedro Bial engolir em seco quando lhe respondeu à altura.
E agora? Agora é Big Brother Brasil 9. Nove! Esse que tinha o pinto duro do Nonô, e ainda tem a tagalerice estridente da Naná. Tô torcendo pra ninguém ainda, e acho que nem vou torcer. Mas digo: Max ganha. Ele faz gênero, é bonito e legal. Ele tem o charme que o Flávio não tem, se não o prêmio era dele. Mas queria mesmo ver uma das piranhudas (Francine, Milena ou Priscila) na final. Mas antes tinha que ter orgia. Tô esperando um pega do Emanuel com o Max, a Globo não mostra, mas eles tão se estranhando. Pois essa briguinha de Ana e Newton é coisa de mulherzinha. Sinto falta dos olhos de mar do Léo.
É isso, se Big Brother é inteligente ou não, contribui ou não, fica a critério de cada um. Já parei de teorizar, vou assistir e desligar a TV depois.

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