Pois bem, estávamos eu e alguns amigos passando lá em frente na madrugada deste sábado, quando resolvemos entrar. Logo de cara fomos recebidos por um segurança atencioso e uma gatíssima chamada Leandra, que creio ser a hostess da casa. Já havia sido um prazer descobrir na tarde anterior que o assessor de imprensa da Ibiza é o galante Daniel Negreiros, que também faz as honras como DJ. Infelizmente, cheguei tarde demais para conferir seu set, mas pude, além de reencontrar amigos especiais, conferir as belezas do espaço. E não me refiro apenas ao público presente...
Das meninas da recepção aos gatos do bar só encontrei simpatia e atenção, e percebi neste momento como só atentamos a algo quando temos com quê comparar. Digamos que foi meio epifânico reparar como a galera que nos atende nas boates daqui tem a cara tão amarrada. Frequento a noite da cidade do sol desde o meio dos 90's e parece ser regra dos atendentes a antipatia. Tem até um barman do Music Box (onde adoro passar minhas quintas-feiras) que faz questão de não me atender. Juro como da última vez ele olhou pra mim e pegou a comanda do cara ao meu lado, que chegou bem depois, me ignorou, precisando eu entregar o papel a um amigo para poder tomar uma cerveja. É dose. Problemas assim não são exclusivos do MB. Todas as casas tem seguranças que te olham e te revistam como se fossem a própria polícia (o que já não é grande coisa) ou caixas que não escondem sua enorme insatisfação (como se estivessem fazendo um favor à nós) ou os demais funcionários que agem como se fôssemos invasores ao invés da razão pela qual eles ganham dinheiro. Ou tudo isso junto. Mas não posso esquecer da beleza simpática da hostess do, infelizmente, finado Ultra Lounge, nem deixar de dizer que é confortante ver o sorriso da tia lôra que cuida dos toilletes do Music Box.
Mas, além da simpatia rara de seu corpo de funcionários, a Ibiza tem instalações impecáveis. Um espaço aberto e amplo, com mesas, onde se pode sentar confortavelmente e dar umas bitoquinhas em quem você acabou de conhecer. Os banheiros são limpos (!!), claros, no tamanho ideal e cheirosos! E levem em consideração que entrei lá às 2h da manhã! Agora, o dancefloor, a parte mais importante de uma boate: não é enorme, mas também não é uma caixa de fósforos. Muito bem estruturado, tem espaço para esticar as pernas em puffs, o DJ fica numa simpática cabine esférica, as luzes não nos incomodam com excessos (nem de escuridão, nem de estroboscópio), há um ringue central todo trabalhado no vidro e um som impecavelmente limpo. E se não ouvi ninguém falar bem da bebida, também ninguém falou mal. Mas, garanto: a cerveja tava bem geladinha.
Lamentei apenas não ter ouvido músicas que me empolgassem. No entanto, isso pode ser culpa de meu ouvido viciado em música brasileira e um tanto quanto desantenado com os hits internacionais. Mas gostaria de ter dançado cantando mais de uma vez.
Localizada em um espaço inédito (Av.Domingos Olímpio, 1400, entre Tristão Gonçalves e Imperador) e, por enquanto, abrindo suas portas apenas nas noites de sexta e sábado, a Ibiza segue com minha torcida para que cresça no gosto do público e venha somar na noite de nossa cidade. É sempre bom ter mais de uma opção e, justamente por isso, que também torço para que a velha regra não se cumpra: para uma boate abrir, uma tem que fechar.
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