quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estou nesse momento na sala de casa, apertado no sofá. Ao meu redor impera-se o caos: à minha frente está uma mesa do meu quarto com minha coleção de discos de vinil em duas pilhas, meu pé está dobrado graças uma caixa que está ao lado da mesa das pilhas de discos, atrás do sofá, entre ele e a janela, estão duas camas desmontadas, uma delas a minha, alguns colchões, as cadeiras da sala de jantar, todos meus calçados, um baú cheio de livros, e, à minha direita, dois lençóis repousam sobre a TV e demais objetos do móvel. Não há outro lugar no apartamento onde eu possa ficar. Os três quartos, inclusive o meu, estão em obras, e a sala de jantar é a passagem dos "técnicos em reforma", pra lá e pra cá com cimento, cerâmica, rejunte, fios... A cozinha pegando fogo graças ao fogão aceso direto para fazer a comida desta macacada toda. Eu incluso nela. Daqui donde estou sinto um ventinho passando à minha direita, tô começando a ter fome e morrendo de sono graças ao aniversário de Jomar ontem (que foi muito bom, por sinal... aiai). Muita poeira fina descendo cada vez mais em toda minha vida que está exposta e jogada na sala como se não tivesse dono. Para quem estiver lendo (o que acho difícil) é fácil dizer que é só eu sair daqui e ir para outro lugar. Pois bem, uma tia está viajando, a outra com câncer, a minha amiga de infância que mora(va) vizinho se mudou para Brasília, e eu tenho medo da irmã dela que ainda mora aqui ao lado. Há outra amiga de infância no outro bloco, mas não ouso ir lá pedir arrego, pois, padrinho de casamento dela que serei, ainda nem conheci o noivo. Existem outros amigos? Claro que sim! Mas num me peça agora para levantar com o sono que tô e a fome que só aumenta. Ah, e tem o fato de que tenho que ficar de plantão por aqui.
Porém, já-já vou olhar móveis novos para os quartos e creio que essa parte seja legal... se eu não estiver com sono. E se o cara da parte elétrica da reforma não vier novamente me perguntar onde eu quero mais uma tomada (e eu ter que apenas pensar em uma bela resposta) acho que dá para tirar um cochilo.

P.S.: Nesse momento o cara da parte elétrica da reforma está berrando no celular com sabe-se lá quem e eu arrancaria um dedo meu, se este não me fizesse falta, para entender que dialeto é esse!

Um comentário:

Jesuita Barbosa disse...

queria ser uma mosca pra isso.
mas vi tudo daqui, tudo.