segunda-feira, 8 de março de 2010

Descobri que meu professor de Power Jump não é gay

Mês passado voltei pra academia, depois de uma (longa) temporada longe da malhação. Continuo não muito chegado a puxar ferro, mas prossigo preferindo aulas "de sala" como step, dança moderna, lambaeróbica... Por conta dos horários, a única que posso fazer é Power Jump, aquela diversão sobre mini-camas elásticas. Eis que meu retorno foi prazeroso ao conhecer a simpatia que é meu musculoso professor. De cara o gaysconfiômetro apitou. Já sei que para coordenar aulas desse tipo, o professor tem que, quase por obrigação, ser simpático e fazer várias piadas sem graça a fim de incentivar a participação do público, digo, dos alunos. Pois bem, meu musculoso professor, além dos atributos já mencionados, dá uma pinta louca! Mas num é uma pinta poc-poc pão com ovo, pois ele é másculo. É uma coisa do tipo fazer piada sobre as músicas da aula tocarem na balada, brincar com as coreografias mandando o povo soltar a franga e fazer charme com os ombros no alongamento, e, principalmente, sempre destacar quando a música que toca é da Madonna!
Após essas evidências provocarem uma inerente suspeita, tive aula na última sexta com um outro professor. De cara o gaysconfiômetro ficou caladinho. Não precisei dele, pois o certezômetro gritou bem mais alto! Tão em boa forma quanto o outro professor, este novo se entregou já na fala e no andado. E foi ele que me fez ter certeza de que o primeiro não é gay. Aí você, querido não-leitor deste abandonado blog, pergunta: Por quê?
Simples, alguns gays em ambiente de trabalho preferem não chutar o balde para evitar avacalhação e, consequentemente, preservar a própria imagem (lição essa que preciso aplicar melhor). Portanto, nosso segundo personagem desta história não fez piada sem graça, não exagerou na simpatia, não fez charme no alongamento, não mandou ninguém soltar a franga, não teceu comentários sobre nenhuma das músicas que tocaram, não fez pose ao final das coreografias, coisa que o outro sempre faz e, nitidamente, procurou segurar a onda. Ou seja, por não se preocupar em preservar nada, pois não tem nada a esconder, o primeiro professor provou que não é gay.
Provou?

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