
Não sou fã desses estilos que citei, mas defendo que são expressões que merecem respeito, principalmente porque fogem dos conceitos impostos por uma mídia elitista, dando voz a um povo, que é a maioria, e verdadeiro consumidor da própria cultura, provando que, mesmo quando há uma mídia (e jabás) impondo o que se deve consumir, as pessoas sabem o que querem, e procuram.
Considero a internet uma grande colaboradora disso. Hoje ninguém precisa esperar por nada, basta consultar, ir atrás da informação, da formação, e decidir o que fazer com tudo isso. É opcional. E foi neste meio que Stefhany apareceu, e estourou! Para alguns uma diva absoluta, para outros... uma "diva absoluta". A razão das aspas é justamente porque a explosão da nova cantora veio por uma razão a mim estranha: ela foge dos padrões. Assim como Joelma do Calypso já fugia, mas não com tanta inocência e convicção (nem vídeos tão toscos). Foi justamente essa tosqueira que rodeia Stefhany que fez dela um fenômeno. E como todo fenômeno, a mídia quer explorá-lo até onde puder, e levantar a audiência (Né Hebe? Né Huck? Né Record?) às custas de seu sotaque "exótico", nordestino e de seus figurinos criados pela própria mãe.
Vê-la no meio "globalizado", de elegância tão reconhecida, e forma de falar sem personalidade, é que me parece estranho. Mas as pessoas como ela (ou seja, qualquer ser humano) deseja reconhecimento, mesmo que às custas de irônicas entrevistas e aparições onde a chamam de maravilhosa de modo pejorativo. Tento imaginar Stefhany em uma dessas festas "elegantes", que ganham cobertura da Caras, e os olhares que os cretinos possam fazer a ela. Mesmo que amanhã apareça transformada, no padrão rica de novela das oito, nunca vão esquecer de onde Stefhany veio: do Piauí, do nordeste, onde os padrões globais não conseguem interferir e, portanto, não a aceitam.
Quanto à meus gostos, não são tão absolutos assim, admito. Nos últimos tempos, três forrós, por exemplo, têm feito minha cabeça. Desde a Semana Santa, lá em Quixaba, que grudou em meus ouvidos um tal de Louro Santos, seu filho e seu Retrato. Desde o Curta Canoa que o Calcinha Preta me faz alegre com Chora, me liga (que descobri ser originalmente da dupla sertaneja João Bosco e Vinícius!) e, claro, Stefhany, que me faz sorrir quando diz Meu mundo desabou!
Creio que não acompanharei A Fazenda, mas torcerei por Stefhany. Seja por bairrismo nordestino, seja pelo clichê d'eu achá-la autêntica, ou seja porque quero ver uma garota considerada brega, de cabelos desgrenhados e a boca cheia de arame fazendo sucesso cada vez mais, não tão diferente de certas divinhas internacionais, porém bem, beeem brasileira!
Um comentário:
Depois eu vou ler com carinho! Mas o trecho q eu li eu gostei.
Depois passa no meu blog:
http://stefhanyoficial.blogspot.com/
Postar um comentário