sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Em defesa de Stefhany

Já faz algum tempo que a "musa do Cross Fox" explodiu no Brasil, e parece que o lance não terminará tão cedo. Quem me conhece sabe que não sou contra nada, mas tenho meus gostos pessoais, e isso não inclui forró de rádio, nem funk, nem sertanejo (Nada contra, acho ótimo!). No entanto, em meio a isso tudo, essa garota me chamou atenção: Stefhany. Não que eu a ache a mais bela de todas, ou a melhor cantora, ou por ela ser absoluta. Mas pelo fato dela ser, simplesmente, ela.
Não sou fã desses estilos que citei, mas defendo que são expressões que merecem respeito, principalmente porque fogem dos conceitos impostos por uma mídia elitista, dando voz a um povo, que é a maioria, e verdadeiro consumidor da própria cultura, provando que, mesmo quando há uma mídia (e jabás) impondo o que se deve consumir, as pessoas sabem o que querem, e procuram.
Considero a internet uma grande colaboradora disso. Hoje ninguém precisa esperar por nada, basta consultar, ir atrás da informação, da formação, e decidir o que fazer com tudo isso. É opcional. E foi neste meio que Stefhany apareceu, e estourou! Para alguns uma diva absoluta, para outros... uma "diva absoluta". A razão das aspas é justamente porque a explosão da nova cantora veio por uma razão a mim estranha: ela foge dos padrões. Assim como Joelma do Calypso já fugia, mas não com tanta inocência e convicção (nem vídeos tão toscos). Foi justamente essa tosqueira que rodeia Stefhany que fez dela um fenômeno. E como todo fenômeno, a mídia quer explorá-lo até onde puder, e levantar a audiência (Né Hebe? Né Huck? Né Record?) às custas de seu sotaque "exótico", nordestino e de seus figurinos criados pela própria mãe.
Vê-la no meio "globalizado", de elegância tão reconhecida, e forma de falar sem personalidade, é que me parece estranho. Mas as pessoas como ela (ou seja, qualquer ser humano) deseja reconhecimento, mesmo que às custas de irônicas entrevistas e aparições onde a chamam de maravilhosa de modo pejorativo. Tento imaginar Stefhany em uma dessas festas "elegantes", que ganham cobertura da Caras, e os olhares que os cretinos possam fazer a ela. Mesmo que amanhã apareça transformada, no padrão rica de novela das oito, nunca vão esquecer de onde Stefhany veio: do Piauí, do nordeste, onde os padrões globais não conseguem interferir e, portanto, não a aceitam.
Quanto à meus gostos, não são tão absolutos assim, admito. Nos últimos tempos, três forrós, por exemplo, têm feito minha cabeça. Desde a Semana Santa, lá em Quixaba, que grudou em meus ouvidos um tal de Louro Santos, seu filho e seu Retrato. Desde o Curta Canoa que o Calcinha Preta me faz alegre com Chora, me liga (que descobri ser originalmente da dupla sertaneja João Bosco e Vinícius!) e, claro, Stefhany, que me faz sorrir quando diz Meu mundo desabou!
Creio que não acompanharei A Fazenda, mas torcerei por Stefhany. Seja por bairrismo nordestino, seja pelo clichê d'eu achá-la autêntica, ou seja porque quero ver uma garota considerada brega, de cabelos desgrenhados e a boca cheia de arame fazendo sucesso cada vez mais, não tão diferente de certas divinhas internacionais, porém bem, beeem brasileira!

Um comentário:

Absoluta! disse...

Depois eu vou ler com carinho! Mas o trecho q eu li eu gostei.
Depois passa no meu blog:

http://stefhanyoficial.blogspot.com/